A sífilis não vinha num patamar de eliminação, mas seguia estável e, de repente, surgiu um maior número de casos”, disse a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken. Ela lembrou que a sífilis é uma doença de notificação compulsória - qualquer caso deve ser obrigatoriamente notificado. O que tem se observado nos últimos cinco anos, segundo Adele, é um crescimento do número de casos dessas três notificações, inclusive da congênita.
Para a diretora, a epidemia de sífilis no Brasil é decorrente de “múltiplas causas”, como a queda no uso do preservativo - sobretudo entre pessoas de 20 a 24 anos -, faixa etária onde comumente se registra maior atividade sexual e sem parceria fixa. Outra questão envolve o acesso à penicilina, principal medicamento utilizado no tratamento da sífilis.