Presidente Jair Bolsonaro defendeu que a Copa América aconteça no Brasil (Foto: Reprodução)
Presidente cita outros campeonatos que estão em andamento no país
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu nesta terça-feira (1º) que a Copa América aconteça no Brasil. Ele lembrou que outras competições esportivas estão acontecendo no país normalmente.
Bolsonaro acusou a rede Globo de estar por trás das reações contrárias à realização do torneio no país, afirmando que a emissora está insatisfeita por não ter os direitos de transmissão - que são do SBT, de Sílvio Santos, sogro do ministro das Comunicações Fábio Faria.
"No que depender de mim, todos os ministros, inclusive o da Saúde, já está acertado, haverá (Copa América no Brasil). Protocolo é o mesmo da Libertadores, da Sul-Americana, é a mesma coisa", afirmou ele, ao deixar o Palácio da Alvorada. A fala foi transmitida por um site bolsonarista.
"Fui instado no dia de ontem pela CBF, conversei com todos os ministros interessados; da nossa parte positivo. O que está havendo aqui? O movimento da Globo contrário, porque os direitos de transmissão são do SBT", disse o presidente.
Ele voltou a argumentar que há outros campeonatos em andamento no país e, por isso, não há nada demais com a Copa América acontecer aqui. "Está havendo jogo da Libertadores. Não está havendo também da Sul Americana? Também não começa agora na sexta-feira (4) as eliminatórias da Copa do Mundo? Ninguém fala nada, problema nenhum. Por que quando se fala em Copa América querem questionar, que causa aglomeração, ajuda a espalhar o vírus etc? É pressão dessa imprensa chamada Globo aí, nada mais além disso", acredita.
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse considerar "inacreditável" que o governo queira ser sede da Copa América nesse momento da pandemia. "Seria transformar essa copa em campeonato da morte. Já que nós não podemos fazer um apelo ao presidente, ao Ministério da Saúde e à CBF, que tem se transformado em negacionista e irresponsável, quero me dirigir à seleção brasileira, aos seus jogadores, aos treinadores, ao Neymar", afirmou.
A Conmebol afirmou ontem que após desistências da Colômbia e da Argentina, o Brasil aceitara receber a Copa América. Na Colômbia, por conta das pressões de protestos nas ruas, a opção foi por não fazer o torneio. Na Argentina, o argumento foi o momento de piora da pandemia.
Ontem à noite, contudo, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, disse que a Copa América no Brasil ainda não estava definida. "Não tem nada certo. Estamos no meio do processo, mas não vamos nos furtar a uma demanda, caso seja possível atender".
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