Onde está o PT enquanto o país desmorona? (Foto: Montagem | Redação CFF)
Existem dois grandes partidos de esquerda no Brasil: um é o Partido dos Trabalhadores (PT) e o outro é o Lulismo, braço do PT que, atualmente, atua como um sanguessuga, enfraquecendo não apenas o próprio PT como toda luta de esquerda no Brasil.
Assim como o bolsonarismo, braço da direita que, durante os últimos três anos, fortaleceu a luta e as pautas neoliberais entreguistas, o Lulismo foi, durante muito tempo, a ponte que ligou a esperança em futuro digno para a maior parte da população brasileira à realidade de um Governo federal pautado em cuidar das pessoas, mais do que do "mercado" e dos grandes empresários.
Sim, o Lulismo foi ferramenta essencial para dar dignidade a muitas pessoas e colocar a esquerda brasileira na pauta e no jogo político.
No entanto, apegada demais ao lulismo, a esquerda agora se afoga em inércia e, mesmo aqueles que tentam se movimentar, como Guilherme Boulos (PSOL), Marcelo Freixo (PSOL), Manuela D'Ávila (PCdoB), Talíria Petrone (PSOL), Sâmia Bonfim (PSOL) e outros, não conseguem a frente dos holofotes necessários para balançar o jogo. Nem mesmo Flávio Dino (PCdoB), elogiado governador do Maranhão, consegue alçar grandes voos.
Eis um exemplo forte e recente da inércia do PT que, aparentemente, continua esperando por Lula para salvar o país do bolsonarismo em 2022: no último domingo (14), milhares de pessoas em todo o país foram às ruas, em aglomerações, sem o mínimo respeito aos protocolos de segurança obrigatórios no combate ao vírus que assusta a nação e já pôs em frangalhos mais de 270 mil famílias, protestar contra a existência do Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns pediram expulsão dos ministros e renovação total do quadro de magistrados; outros pediram - mais uma vez - o retorno da Ditadura Militar.
Tudo isso aconteceu em um cenário de completo silêncio do PT: nada nas redes sociais, nada no site do partido, nenhuma mobilização, ainda que virtual, dos seus líderes. Nada.
Enquanto isso, desde que teve todas as condenações contra si, por parte da Operação Lava Jato, anuladas pelo STF - vale ressaltar, motivo da revolta dos bolsonaristas - Lula segue dando entrevistas em diversos portais nacionais e vendo seu nome ser alçado à candidato a presidência da República. Mais que isso: único candidato com chances reais, convenhamos, de derrotar Bolsonaro, mas que não é só.
Bolsonaro, por sua vez, está há dois anos destruindo o país: nesse momento, além da crise causada pela Covid-19 e agravada pela inércia do gestor-mor da nação, a sociedade convive com alta nos preços de alimentos, combustíveis e o risco de sofrer falta inclusive dos insumos do trato dos pacientes acometidos pelo vírus. Ainda assim, a direita consegue mobilizar alguns milhares para protestar não contra o sexto aumento do preço da gasolina, em menos de três meses, mas contra o STF.
Qual a pergunta? Onde está o PT enquanto o país desmorona?
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