De acordo com Marcelo ele pediu para o pai avisar a Lula que os repasses durante a campanha de 2010 estavam menores porque a maior parte já tinha sido adiantada
Em depoimento ao ministro Herman Benjamin, relator do processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht afirmou que pediu ajuda do pai, Emilio Odebrecht para falar com Lula sobre os repasses para campanha de 2010.
De acordo com Marcelo ele pediu para o pai avisar a Lula que os repasses durante a campanha de 2010 estavam menores porque a maior parte já tinha sido adiantada.
Segundo o empreiteiro, houve duas "contrapartidas específicas" da Odebrecht ao PT desde 2009: uma de R$ 64 milhões relacionada à linha de crédito e outra de R$ 50 milhões à votação da Medida Provisória do Refis, encaminhada ao Congresso, e que beneficiou a Braskem, controlada pela Odebrecht e que atua na área de química e petroquímica. "Meu acerto foi: eu acerto o valor para 2010, se você quer gastar antes, gaste. E, como o Guido (Mantega, ex-ministro da Fazenda no governo Dilma) acabou não participando da eleição de 2010, os R$ 50 milhões ficaram intocados".
O delator disse que "eram pedidos diversos, mas vinham sempre através dos dois (Antonio Palocci e Mantega), incluindo os desembolsos para a campanha (de Dilma a presidente em 2014)".Marcelo afirmou ao TSE como funcionava as liberações de recursos da conta corrente para as campanhas presidenciais do PT, em especial para repasses ao marqueteiro João Santana." Se o Palocci ou o Guido autorizava, eu ligava para o Hilberto e dizia: 'Olha, Hilberto, autorizaram R$ 10, R$ 20 milhões para João Santana'. Aí, o Hilberto Silva coordenava com o João quando ele ia pagar."
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