Ex-deputado Roberto Jefferson
Prestes a reassumir a presidência nacional do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson condenado a sete anos de reclusão na Ação Penal 470, o chamado escândalo do mensalão, disse que seu retorno à Brasília para ajudar o vice-presidente Michel Temer na "transição", caso o impeachment seja aprovado na Câmara.
"Quero dar um abraço no Temer e dizer que estou do seu lado. Eu já fui o general da tropa de choque do impeachment do Collor, no lado da resistência contra. Vamos conversar para trocar experiências, agora do outro lado", disse Jefferson ao jornal O Globo, em uma referência ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992. Na ocasião, ele foi um dos mais ferrenhos defensores da manutenção do mandato do ex-presidente.
Dizendo que Temer é um "gentleman" e um grande homem", o ex-parlamentar destacou que Temer tentou ajuda-lo em 2005, quando ele teve o mandato cassado. "Um cara que me deu a mão naquela época, sem eu pedir, foi o Temer. Ele me ligou e disse: 'estou falando no PMDB aos amigos que votem pela sua absolvição'. Foi uma manifestação direta dele, e muitos deputados do PMDB disseram que votaram contra a minha cassação porque o Temer pediu. São coisas assim que você guarda e não esquece", observou o petebista.
Sobre o impeachment, Jefferson disse que pedirá que a bancada do partido na Câmara vote pelo afastamento da presidente Dilma, e que o processo atual guarda semelhanças com o da era Collor. "Esse impeachment é muito parecido com o do Collor, é por corrupção mesmo. Os barquinhos do sítio em Atibaia são o Fiat Elba do ex-presidente Lula. A diferença é que Lula tem um coletivo de PC Farias, cada um que vai preso surgem vários outros", ironizou.
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