Diarista Débora Dias (Foto: Maiana Belo/Foto G1)
"Eu só vi o vulto do rapaz, o que morreu [Elinaldo]. Depois, senti o caminhão me arrastando. Daí vi um monte de gente no chão, as pessoas gritando. Foi muito rápido".
O acidente que ocorreu na terça-feira (17), após caminhão invadir posto de gasolina e atropelar pessoas, no bairro do Trobogy, em Salvador, resultou na morte de duas vítmas. Das quatro pessoas feridas, duas dolescentes de 16 anos permanecem internadas no Hospital Municipal. A diarista Débora Dias, de 27 anos, foi uma das as sobreviventes, na manhã desta quinta-feira (19) ela foi prestar depoimento na 10º Delegacia Territorial (DT/Pau da Lima), onde o caso é investigado.
"Lembro do caminhão me arrastando. Essa imagem não sai da minha cabeça e eu não estou conseguindo dormir". contou a diarista em entrevista para o site G1, Debora que apareceu ao local com curativos e dores nas pernas, chegou a falar que tem poucas lembranças do que aconteceu e que entrou em desespero ao ver os outros feridos.
"Eu só vi o vulto do rapaz, o que morreu [Elinaldo]. Depois, senti o caminhão me arrastando. Daí vi um monte de gente no chão, as pessoas gritando. Foi muito rápido. Me desesperei ao ver a fratura exposta na perna de uma menina. Foi terrível. Fiquei tonta e pensava que não podia perder a consciência. As pessoas ficavam conversando comigo para não deixar que eu dormisse", disse.
A diarista também falou das adolescentes que estão internadas. "As adolescentes estavam mais na frente e eu, um pouco atrás delas. Acho que como eu estava encostada em um poste, o caminhão atingiu elas primeiro e, por isso, elas ficaram mais feridas", disse.
Debora não precisou passar por cirurgia, ela teve um ferimento na perna semelhante a uma queimadura. "O médico disse que eu perdi umas três camadas de pele. Tenho que fazer curativo todos os dias".
A estudante Samira Mercês de Souza, de 16 anos, também foi a 10ª DT Pau da Lima na manhã desta quinta-feira, ela é outra sobrevivente do acidente. Ainda com dores e marcas pelo corpo, Samira prestou depoimento. "Eu estava conversando com as minhas colegas e depois não lembro mais de nada. Eu não via elas feridas, parecia que eu estava sonhando. Eu só me toquei que era real quando eu já estava na ambulância", disse.
Samira estava com outras duas colegas no ponto de ônibus aguardando o transporte para ir à escola, no momento do acidente. Ela mora em Nova Brasília e estuda em um colégio estadual no bairro do Imbuí. As amigas de Samira são as adolescentes que permanecem internadas no Hospital Municipal de Salvador.
Os pais de Samira acompanharam a adolescente na delegacia.
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