Bandidos disseram ser da polícia, arrastaram Juliete ao encontro de George e os mataram
A autônoma Juliete Carneiro Cerqueira, de 27 anos, e o namorado dela, George Pinto de Jesus, foram executados a tiros na madrugada desta terça-feira, 6, na casa do rapaz, na Travessa Maria das Dores Leite, no Loteamento Maria Antonieta – em Cajazeira 11, em Salvador. Juliete não morava com George e foi levada à força até o local do crime.
Segundo testemunhas, era por volta das 2h15, quando seis homens encapuzados e fortemente armados invadiram a residência dela, a algemaram e a levaram ao encontro do namorado, na mesma rua.
“Os homens estavam vestidos de preto, encapuzados, de colete e usavam chapéu. Disseram que eram policiais, falaram que a levaria ao DHPP (Departamento de Homicídios) para ser ouvida e depois a liberariam. Parece que ela sabia que ia morrer, saiu gritando pela rua, pedindo socorro”, contou uma testemunha.
Castigo por interferir
Conforme Washington Costa, coordenador do Serviço de Investigação da 13ª Delegacia (Cajazeiras), durante o rapto de Juliete, um tio dela, um senhor de 76 anos, tentou intervir e foi espancado pelos criminosos. “Bateram nas mãos dele com uma madeira. Ele foi atendido no HGE (Hospital Geral do Estado), mas já foi liberado”, revelou o investigador.
Ainda segundo Costa, familiares de George disseram que ele tinha envolvimento com o tráfico de drogas. “A própria família dele falou que ele traficava lá no Maria Antonieta, mas que ela[Juliete] era uma pessoa decente, não se envolvia com nada”, falou o investigador.
Juliete era solteira e deixou uma filha de 9 anos. Até a noite desta terça, nenhum suspeito havia sido identificado ou preso. A motivação para o duplo homicídio ainda é apurada. O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Homicídios Central, do Departamento de Homicídios (DHPP).
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