O segurança Evandro Lima Silva, de 48 anos, foi morto a tiros por volta das 16h30 desta segunda-feira, 4, em frente à portaria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), onde ele trabalhava, na rua Arestides Novis, no bairro da Federação, em Salvador.
Segundo a assessoria da Polícia Militar, três homens fortemente armados tentaram roubar as armas de Silva e de outro segurança, que também ficou ferido durante o ataque.
Testemunhas relataram que os criminosos chegaram ao local em um Honda Civic prata e, assim que desceram, abriram fogo na direção da guarita.
No meio do fogo cruzado, o guardador de carros Carlos Alberto Santos Cardoso, 51, acabou alvejado nas costas. Em seguida, o trio fugiu no mesmo veículo.
Em nota, a PM informou ter socorrido e levado Carlos Alberto para o Hospital Geral do Estado (HGE), na avenida Vasco da Gama.
Familiares do guardador de carros disseram à reportagem de A TARDE que ele chegou na unidade consciente, mas, ainda assim, passaria por uma cirurgia no início da noite.
Já os dois seguranças foram socorridos por populares e encaminhados para um hospital não informado. Até a atualização desta reportagem, não havia informações sobre o estado de saúde do profissional.
No momento da ação criminosa, ocorria uma missa na Igreja de São Lázaro, localizada ao lado da Fapesb.
Fora de perigo
“Carlos tinha trabalhado de manhã. Foi pra casa, tomou banho, almoçou e descansou. Quando foi por volta das 16h, ele me disse: ‘Tô subindo para os carros e, depois, vou comprar o pão’. Ele não voltou mais”, descreveu a irmã de Carlos Alberto, a aposentada Eliana Santos Cardoso, 59.
Aliviada por tê-lo visto fora de perigo, ela diz que o guardador é bastante conhecido na localidade de São Lázaro, onde mora desde a infância. “Meu irmão é patrimônio daqui. É pessoa de bem”, acrescenta Eliana, emocionada.
“Gostaria de agradecer aos policiais que socorreram o meu irmão. Se não fosse a presteza deles, Carlos não teria chegado vivo”, agradeceu a aposentada.
Procurada, a Fapesb, órgão vinculado ao governo estadual, não se pronunciou sobre o caso.
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