O delegado Jamal Amad, coordenador da 3ª Delegacia de Homicídios, solicitou a prisão de José Carlos Lopes da Cruz Júnior, que assassinou a ex-namorada Luana Fernandes Hungria, 24 anos, por conta do término do relacionamento. O corpo da jovem foi sepultado na tarde de ontem no cemitério Campo Santo.
“Desde que fomos informado do crime, realizamos diligências para encontrar o autor, porém ainda não tivemos êxito. Por isso, representamos pela prisão temporária do autor, após ouvir as testemunhas”, explicou o delegado.
O crime aconteceu por volta das 15h na última segunda-feira, três dias após o término do namoro, na rua Obaluaê, no bairro do Uruguai. Luana e sua amiga Janaína Aguilar Silva Bispo, 24, iam para a casa da vítima, quando José parou de moto ao lado delas.
Ele atirou no tórax de Luana e em um dos braços. Janaína foi atingida em uma das mãos. “Que amor foi esse?”, questionou Eliana Gonçalves Fernandes Hungria, mãe de Luana.
Luana morreu no trajeto para o atendimento médico. Janaína passou por cirurgia e segue internada no Hospital Geral do Estado.
Ação
Priscila Alves, prima de José, contou que tentou impedir o crime. “Pedi para ele largar a arma. Ele apontou o revólver em minha direção e mandou eu entrar em casa. Ele estava transtornado, irreconhecível”, narrou.
Priscila afirmou que a arma havia falhado. “Ele tentou três vezes. Depois atirou no chão para testar. Foi quando a arma funcionou. Aí ele apontou em direção a elas, disparou e foi embora. Aí fomos atrás de socorro para as meninas”, contou.
Titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Periperi, a delegada Vânia Matos afirmou que o sentimento de posse tem vitimado muitas mulheres. “O problema que afeta muitos homens é o sentimento de propriedade. Não entendem que ninguém é dono de ninguém”.
O pai de Luana, Josevaldo de Jesus Hungria, foi surpreendido. “Não acreditei que ele poderia fazer isso. Mas era muito ciumento. Ligava para ela mais de 20 vezes ao dia. Tem que ser preso”.
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