A jovem que foi levada por bandidos após a morte de um mototaxista, no campus da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro da Federação, em Salvador, foi presa na manhã desta terça-feira (16) suspeita de armar uma emboscada para a vítima e forjar o próprio sequestro. As informações foram passadas ao G1 pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso.
Segundo a polícia, o crime havia sido planejado pela suspeita com o namorado, que também foi preso, com o objetivo de roubar uma quantia em dinheiro que estava com o mototaxista. O dinheiro foi roubado. O valor não foi divulgado pela polícia.
De acordo com o DHHP, a dupla foi presa no município de Simões Filho, na região metropolitana, mesmo local onde a mulher havia dito que tinha sido deixada após o sequestro forjado no dia do crime.
O casal foi encaminhado para a sede do DHPP no bairro da Pituba, onde será ouvido. Os suspeitos devem ser apresentados à imprensa na tarde desta terça-feira.
Ainda conforme o DHPP, outros suspeitos são procurados. Os nomes deles não foram divulgados. Não há informações de quantas pessoas participaram do crime. O caso está sob investigação da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico).
Caso
O crime ocorreu na tarde da quinta-feira (11). Segundo a polícia, ao entrar na Ufba, o mototaxista Rogério de Santana Souza, de 30 anos, foi atacado por criminosos armados que o seguiram. Ele morreu no local do crime.
A jovem presa nesta terça estava na garupa da moto. Ele havia contratado os serviços da vítima para ser levada até a instituição de ensino. Ela forjou o próprio sequestro e deixou o local do crime com os criminosos que mataram o mototaxista.
Familiares da mulher presa disseram, no dia do crime, que ela havia sido deixada por bandidos na cidade de Simões Filho e que estava assustada com o ocorrido. Ela foi ouvida pela polícia no mesmo dia do crime.
Um dia após o crime, a Polícia Civil divulgou que os suspeitos do crime tinham sido identificados, mas os nomes dos envolvidos não tinham sido divulgados até esta terça-feira para não atrapalhar a apuração do caso.
O mototaxista Rogério de Santana Souza tinha duas filhas e morava no bairro da Federação. Ele exercia a profissão há 3 anos e não era casado. Ele foi enterrado no Cemitério do Campo Santo, no bairro da Federação, na capital. O pai do mototaxista, o pintor Antônio Silva Souza, se emocionou muito durante o sepultamento e precisou ser amparado por familiares.
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