Um dos suspeitos de matar o analista de sistemas Diego Ferreira dos Santos, 28 anos, durante um assalto na sexta-feira (3), na Rua dos Bandeirantes, em Matatu de Brotas, foi identificado pelos investigadores da 6ª Delegacia (Brotas). A foto dele foi divulgada pela polícia na manhã desta quinta-feira (9).
Segundo a polícia, trata-se de Luís Cláudio Damascena Lima Júnior, 25 anos, morador do bairro da Cidade Nova. De acordo com a delegada Maria Dail, titular da 6ª Delegacia, policiais da unidade já estão em diligências em busca do suspeito.
Luís Cláudio teria usado a própria moto (placa OUP-1139) para cometer o crime, junto com outro homem que ainda não foi identificado. No dia do crime, a polícia chegou a informar que a moto usada pela dupla tinha sido roubada.
“Ele fugiu, mas estamos na captura dele. Temos uma foto e o pessoal da rua (onde o crime aconteceu) confirma que foi ele. A moto está no nome dele. Usou a própria moto e, aí, não tem dúvidas”, afirmou a delegada, por telefone, ao Correio24horas. Luís Cláudio seria o motorista da motocicleta, durante a ação.
Ainda de acordo com a delegada, moradores da região onde Luís Cláudio vivia confirmaram que, desde a sexta-feira, dia do crime, ele não foi visto em casa. “Ontem (quarta-feira), um caminhão foi lá e pegou todos os móveis. Na certa, a mãe que mora com ele também está sabendo e arranjou um lugar para se mudar”, completou Maria Dail.
A delegada confirmou que deve pedir a prisão preventiva de Luís Cláudio ainda nesta quinta-feira. A partir dele, a polícia espera chegar ao segundo suspeito. Por enquanto, ainda não é possível afirmar qual dos dois homens atirou no analista de sistemas Diego.
Filho único
Na semana passada, a Polícia Civil chegou a divulgar que Diego era engenheiro recém-formado, mas, segundo a família, ele era formado em Análise de Sistemas e pensava em cursar Direito. Por volta das 10h50 de sexta-feira, Diego estava em um ponto de ônibus a caminho de um banco quando dois homens em uma moto o abordaram e pediram o celular que ele levava.
Testemunhas contaram ao CORREIO que ao ser abordado, o engenheiro levantou a camisa para pegar o aparelho, mas foi baleado na cabeça. A suspeita é de que os homens acharam que Diego estava armado. Segundo a polícia, o celular foi levado pelos ladrões.
Filho único, o analista de sistemas morava com a mãe na localidade conhecida como Santa Rita, que fica próximo ao local onde aconteceu o assalto. Os suspeitos fugiram em direção ao bairro da Sete Portas.
Diego foi enterrado no Cemitério Campo Santo, no sábado (4). No domingo (5), amigos e familiares dele fizeram uma passeata que seguiu do Largo dos Paranhos à Travessa Santa Rita, passando pelo ponto de ônibus da Rua dos Bandeirantes, onde Diego morreu. Cerca de 50 pessoas vestidas de branco clamavam por paz e por justiça, com bolas brancas e cartazes em punho. “A dor que machuca é a dor da injustiça”, “queremos paz” e “se não há justiça para o povo, que não haja para o Governo” foram algumas das frases.
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