A funkeira Tati Quebra Barraco vai registrar queixa na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), no Rio de Janeiro, contra os ataques racista e os discursos de ódio que vem recebendo em suas redes sociais após a morte do seu filho Yuri, durante uma operação policial na Cidade de Deus, em dezembro do ano passado.
Em seus perfis na internet, a cantora vem sendo alvo de ataques racistas e viu a foto do seu filho circular em diversas redes sociais. Ela afirmou que vai lutar contra o preconceito. "Virou normal mãe preta enterrar seu filho. Isso está errado", afirmou ela ao site Ego.
"Foi uma sensação horrível e imunda ter que ler tamanha brutalidade contra a minha família. Como mãe, fiz um desabafo. Ninguém é obrigado a ver, mas não chamei ninguém para ver. Não pedi opinião de ninguém, aquilo foi meu desabafo. Quero que eles sejam punidos severamente pelos seus atos. Não podemos apelidar o racismo que as pessoas sofrem nas redes sociais como injúria racial. Racismo é crime e não deve ser aceito por nenhum de nós”, completou Tati, que ainda pretende processar o Estado.
"Meu filho levou quatro tiros na cara, e o peito dele estava queimado de pólvora, o que dá a entender que o tiro foi a queima roupa. Yuri não estava armado e não teve como reagir. E o mais impressionante é que eles (os policiais militares) disseram que houve troca de tiros. Não existiu a resistência de Yuri como os policiais afirmam. Os PMs cansam de dar desculpas quando fazem atitudes assim. Não podemos aceitar isso! Portanto, eles devem ser melhor treinados, e a responsabilidade é do Estado", desabafou ela, garantindo que não quer um centavo com a ação.
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