O governo federal quer encaminhar o projeto da reforma da Previdência para o Congresso até 13 de dezembro, segundo disse nessa sexta-feira (4) o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante reunião com empresários em Porto Alegre. Antes, a proposta seria encaminhada até o primeiro turno da eleição (2 de outubro), mas a pressão de parlamentares e centrais sindicais levaram ao adiamento.
A expectativa era de fato de que o texto da reforma fosse enviado até o final do ano para o Congresso, mas foi a primeira vez desde o adiamento que um integrante do alto escalão do governo Temer falou uma nova data limite. "Nós estamos avaliando com o presidente a versão final. O presidente quer conversar com as centrais sindicais, com as confederações e com as lideranças das bases de governo na Câmara e no Senado", disse Padilha ao G1.
O ministro afirmou durante o evento que é preciso ter mudanças na Previdência. "Não é o governo que precisa da reforma da Previdência, quem precisa são os brasileiros. A reforma da Previdência é reformar para garantir, para preservar. Se não reformar, nosso sistema vai estourar. Nós tivemos no ano passado R$ 86 bilhões de déficit, neste ano entre R$ 145 (bilhões) a R$ 150 bilhões. E no ano que vem entre R$ 180 (bilhões) a R$ 200 bilhões. É impossível nós irmos assimilando esse déficit. Precisamos dar um basta nisso", defende. Ele estipula que se não houver uma reforma, o sistema pode estar esgotado em oito anos.
Já há definição de que a idade mínima para aposentadoria será fixada em 65 anos, nos setores público e privado. A regra nova não vai valer para homens com menos de 50 anos e mulheres com idade abaixo de 45. Haverá um período de transição no novo modelo, que deve ser de 20 anos para mulheres e professores e 15 anos para homens.