Pesquisadores de Santa Catarina encontraram o fóssil de uma barata que viveu há 320 milhões de anos, antes dos dinossauros. O inseto deixou marcas parecidas com rabiscos em uma pedra e segundo os cientistas, um estudo verificou que elas mudaram pouco desde então.
“Foi uma surpresa encontrar insetos em meio a sedimentos, misturados com restos de tubarões, conodontes, pedaços de peixe, esponjas marinhas e assim por diante”, comentou o pesquisador João Ricetti ao RBS Notícias.
Durante os estudos, os pesquisadores catarinenses e professores de diferentes universidades descobriram detalhes anatômicos das asas, do corpo e das patas dessas baratas. Eles chegaram a conclusão de que elas tinham em média de cinco a sete centímetros e contavam com características semelhantes as das baratas que conhecemos atualmente. O material está no Centro Paleontológico da Universidade do Contestado (Cenpaleo).
“Embora fosse um mar, que a gente chama um mar continental, como é o Mar Negro hoje, em cima do continente, existiam bordas com florestas, insetos e outros animais. Esses insetos voavam perto da água, eventualmente caíam, morriam, acabavam afundando nesse corpo d’água e eram recobertos por lama. Com o passar de milhões de anos, essa lama se tornou rocha. Hoje, a gente consegue, quebrando essas rochas achar esses fósseis e ver uma fotografia do passado”, explicou o professor Luiz Carlos Weinschütz.
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