Um vídeo postado nas redes sociais e divulgado neste domingo (23) mostra a estudante de direito Mariana Angélica, morta a tiros pelo policial Wellington Landim, minutos antes do crime. Nas imagens, ela aparece abraçada e cantando ao lado do próprio policial durante uma festa de formatura.
O corpo de Mariana foi enterrado ontem no cemitério Parque das Flores, na zona sul de Arantina, interior de Minas Gerais. O crime aconteceu no sábado (22). Os dois estavam de folga e participavam de um churrasco pré-formatura em uma chácara na cidade. De acordo com testemunhas, durante a festa eles começaram a discutir e o policial acabou atirando contra a vítima, que morreu no local. Em seguida, ele se matou com tiro.
Os amigos contaram que Mariana e Wellington namoraram por três anos, mas no início deste ano eles terminaram o relacionamento. Ela chegou a procurar a polícia para contar que estava sendo ameaçada. Em fevereiro, Mariana registrou ocorrência na qual afirmava que o namoro chegou ao final após ela descobrir traições por parte dele. Wellignton ainda teria enviado uma mensagem para uma amiga do casal dizendo que 'daria uns tiros nela'. Em abril, a Justiça expediu uma medida protetiva na qual o policial não poderia manter contato ou se aproximar de Mariana.
Os dois chegaram juntos à festa. Na entrada, seguranças falaram que o soldado não devia entrar armado. "Nossa equipe solicitou que ele deixasse a arma no veículo dele, que estava em um estacionamento fechado e com seguranças vigiando. Ele foi ríspido e forçou a barra para entrar. Não tinha como impedi-lo", explica o advogado Jamil José Saab, da organizadora do evento.
A motivação do crime é investigada. Testemunhas viram o casal brigando pouco antes do crime. Com os disparos, um estagiário de 22 anos foi atingido de raspão - ele teve ferimentos leves e já foi liberado.
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