Suzana e Ana no topo das torres gêmeas, em Nova York, duas semanas antes dos atentados, em setembro de 2001 (Foto: Suzana Bazzan | Arquivo Pessoal)
Suzana Bazzan e Ana Almeida relatam que apesar de quase duas décadas, o local em que visitou poucos dias antes de virar escombro, foi um dos pontos mais marcante da viagem, em Nova York, em 2001.
Já se passaram 19 anos do maior atentado dos Estados Unidos, mas amigas campo-grandenses Suzana Bazzan e Ana Almeida, que subiram ao topo das Torres Gêmeas, em Nova York, duas semanas antes de serem atingidas por dois aviões, em setembro de 2011, ainda guardam na memória as recordações daqueles dias.
Elas se recordam de como a viagem começou, com a realização de um sonho, e também depois, no retorno ao Brasil, ao saberem dos ataques que deixaram quase 3 mil mortos.
"Era um dia de verão e por conta da grande poluição que atingia o céu de Manhattan naquela manhã, a vista estava prejudicada. Jamais imaginei que dias depois tudo aquilo iria virar escombros", relembra a empresária Suzana Bazzan.
Nos ataques de 2001, quatro voos foram sequestrados e usados como armas por terroristas ligados à rede al-Qaeda. Dois aviões se chocaram contra as Torres Gêmeas de Nova York, um se chocou contra a fachada oeste do Pentágono, em Washington, e outro foi jogado contra o solo de um campo vazio de Shanksville, na Pensilvânia.
As amigas que até hoje relembram os dias nos Estados Unidos como uma viagem dos sonhos. Chegaram a adiar a vista ao World Trade Center por uma semana, no final de agosto daquele ano, justamente pela visibilidade que estava prejudicada por conta de uma forte fumaça devido à poluição.
Na época, Suzana estava com 20 anos. Era a primeira vez nos Estados Unidos. A amiga, Ana Almeida, tinha 21, e as duas aproveitavam bastante a vista de um dos pontos mais alto da cidade americana mais populosa: "Divertimos bastante nesses dias, também visitamos Washington e Atlantic City, ficamos um mês por lá", Suzana ainda acrescentou:
"Já no Brasil quando começamos a ver os noticiários no dia 11 de setembro, fiquei assustada. Foi um dia esquisito e só de saber que estava ali dias antes de toda essa tragédia, isso me assusta", explicou.
A empresária ainda relembra que no dia 11 de setembro, o horário dos ataques não estava aberto para visitantes por isso, acredita que mais gente poderia estar entre as vítimas.
Conforme Ana, que retornou ao local onde ficavam as torres gêmeas em 2012, disse que o espaço, hoje, um memorial, estava passando por um processo de reforma, apesar do espaço não estar tão movimentado, o clima era pesado por conta da tragédia.
"Quanto voltei lá era num domingo então estava tudo muito parado. A sensação de fúnebre era muito grande e mesmo assim, achei tudo muito respeitoso com as vítimas daquele 11 de setembro", finaliza.
A tragédia
Os ataques deixaram quase 3.000 mortos, a maioria na área de Manhattan, e levaram a uma longa guerra no Iraque e no Afeganistão, que até hoje são afetados por conflitos violentos.
Os cerca de 22 mil fragmentos humanos encontrados no local desde o atentado já foram testados, alguns deles entre 10 e 15 vezes. Até agora, 1.642 das 2.753 pessoas mortas nos ataques de Nova York foram formalmente identificadas. Mas 1.111 ainda resistem à identificação.
O trabalho de identificação das vítimas é feito em um laboratório de Manhattan, a 2km do "Marco Zero", onde uma equipe segue incansavelmente com a tarefa, com a ajuda dos últimos avanços tecnológicos.
A nova técnica usada pelos médicos forenses consiste em cortar um fragmento de osso encontrado no local dos ataques, reduzindo a pó, e depois misturado com dois produtos químicos que permitem expor e extrair o DNA. Com esse método, uma vítima foi identificada no ano passado.
Estudo aponta que o ataque terrorista às Torres Gêmeas em setembro de 2001 teve a cobertura televisiva mais marcante dos últimos 50 anos(Foto: Marty Lederhandler | AP arquivo)
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