Traficante de armas mantinha estoque de munição em prédio residencial. Além das 39 vítimas civis, 3 membros de organização armada morreram - Foto Reprodução / Reuters
Pelo menos 42 pessoas, entre eles 12 menores de idade, morreram neste domingo (12) em uma explosão que destruiu um prédio na província de Idlib, no noroeste da Síria, em uma área controlada pelos rebeldes perto da fronteira com a Turquia, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A ONG explicou que, além das 39 vítimas civis, três integrantes da Organização para a Libertação do Levante, organização armada composta pela antiga filial da Al Qaeda na Síria, também morreram. Eles trabalhavam em um escritório do grupo radical.
A explosão ocorreu no estoque de munição de um traficante de armas, que ficava na garagem de um edifício residencial na cidade de Sarmada, no norte da província, de acordo com a ONG.
O Observatório advertiu que o número de mortos pode aumentar porque ainda existem pessoas desaparecidas e porque vários feridos estão em estado grave. A maioria dos moradores do prédio era da província de Homs, que fica no oeste do país.
Mayed Khalaf, porta-voz da Defesa Civil da Síria, organização também conhecida como "capacetes brancos", disse à Agência Efe que o edifício tinha cinco andares e foi totalmente destruído na explosão.
As equipes de resgate do grupo conseguiram resgatar dez pessoas com vítima debaixo dos escombros. Os trabalhos de busca continuam "sem descanso", afirmou a organização no Twitter.
Também na rede social, a Defesa Civil da Síria afirma que 36 civis morreram e dezenas ficaram feridos.
Os capacetes brancos, que operam apenas em zonas rebeldes do país, divulgaram imagens dos seus integrantes tentando retirar os destroços da construção usando um guindaste e uma escavadeira. Um dos vídeos mostra o momento do resgate de uma criança.
Idlib é o último refúgio da oposição armada síria e é o lugar onde estão ficando combatentes e civis retirados de outras regiões conquistadas pelas tropas leais ao presidente, Bashar al-Assad. Nos últimos dias, as forças governamentais intensificaram os bombardeios contra várias localidades controladas pelos grupos rebeldes em Idlib e seus arredores, nas províncias de Latakia e em Aleppo.
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