O presidente dos EUA, Donald Trump, aperta a mão do líder norte-coreano Kim Jong Un no hotel Capella, na ilha de Sentosa, em Singapura, em 12 de junho de 2018. REUTERS / Jonathan Ernst (Jonathan Ernst/Reuters)
Singapura – Nos primeiros momentos em que se encontraram, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, tentaram passar uma sensação de comando, mas mostraram certa ansiedade no início da aguardada reunião em Singapura.
Especialistas em linguagem corporal disseram que nos aproximadamente 13 segundos em que o presidente norte-americano apertou a mão de Kim pela primeira vez, Trump projetou sua dominância de sempre ao estender a mão primeiro e dar um tapinha no ombro do líder norte-coreano.
Para não ser superado, Kim apertou firmemente a mão de Trump, olhando-o diretamente nos olhos durante o gesto, antes de se separarem para encarar a imprensa.
“Não foi um aperto de mão direto”, disse Allan Pease, um especialista em linguagem corporal australiano e autor de diversos livros sobre o assunto, incluindo “O Guia Definitivo para Linguagem Corporal”.
“Foi pra cima e pra baixo, puxa aqui, puxa ali, cada um deles estava puxando o outro para si. Cada um deles não estava deixando o outro conseguir um aperto dominante”, disse o especialista à Reuters por telefone a partir de Melbourne.
Trump e Kim se encontram em Singapura para negociações históricas que buscam encontrar uma maneira de encerrar um impasse nuclear na península coreana. Caso tenham sucesso, a reunião poderia trazer mudanças duradouras à realidade da segurança no nordeste da Ásia, como a visita do presidente norte-americano Richard Nixon à China em 1972 levou à transformação do país.
“Sempre que eles estão apertando as mãos, você pode ver o branco das pontas dos dedos — esses dois caras são machos alfa”, disse Karen Leong, diretora da Influence Solutions, que tem sede em Singapura. “Ambos querem mostrar domínio, e é por isso que há esse aperto de mão esmagador.”
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