O governo da Síria alertou Israel nesta quarta-feira que abaterá qualquer avião que ataque o território sírio depois da derrubada de um avião israelense por parte das defesas antiaéreas sírias no fim de semana passado, segundo a agência de notícias oficiais, "Sana".
"Defendemos a Síria, derrubamos um avião israelense e derrubaremos qualquer avião que ataque o território sírio. Isto não é uma mera ameaça", avisou, em entrevista à imprensa em Damasco, o vice-ministro de Relações Exteriores sírio, Faisal Miqdad.
O vice-ministro afirmou que o país "é capaz de eliminar os terroristas quando o Ocidente deixar de apoiá-los" e opinou que os Estados Unidos e alguns países europeus, entre eles a França, realizam "uma campanha de histeria frenética contra a Síria".
Por outro lado, Miqdad fez referência à ofensiva da Turquia contra o enclave de Afrin, no noroeste do país árabe e controlado pela milícia curdo-síria Unidades de Proteção do Povo (YPG, na sigla em curdo).
"Afrin é uma parte que não pode se separar da República Árabe da Síria", indicou Miqdad, quem pediu aos habitantes curdos e árabes da região para defendê-la.
"Afirmamos que o Exército sírio defende cada palmo do território e a Síria seguirá unida, como ao longo da sua história", concluiu.
Miqdad também fez menção às acusações contra a Síria sobre o suposto uso de armas químicas, o que considerou "um pretexto" dos EUA para atacar o seu governo.
"O Executivo da Síria nega categoricamente a posse de armas de destruição em massa, inclusive as químicas, que entregamos à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ). Consideramos que é imoral e inaceitável o uso de armas químicas em todas as circunstâncias, momentos e lugares", disse.
Miqdad revelou que uma equipe da OPAQ visitou nos dois últimos dias a Síria e viajou para a província de Homs, no centro, onde, de acordo com o representante, encontrou substâncias escondidas debaixo da terra por grupos armados em áreas liberadas pelo Exército sírio.
De acordo com Miqdad, Washington não está contente com as conquistas das forças armadas sírias e, portanto, está publicando" notícias enganosas" que o Exército sírio usou armas químicas em Ghouta Oriental, Idlib e outras áreas.
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