Harvey Weinstein, famoso produtor de filmes de Hollywood, foi demitido da companhia Weinstein após a divulgação de novas informações relatando a sua conduta, afirmou o diretor do conselho da empresa.
Weinstein, magnata de Hollywood que produziu filmes como Pulp Fiction e Gangues de Nova Iorque, estava voluntariamente afastado após uma série de alegações envolvendo assédio sexual foram divulgadas pelo jornal New York Times. O conselho havia oficializado essa medida, mas foi além no último domingo e removeu Weinstein da companhia que ele ajudou a fundar.
O conselho emitiu um comunicado sobre o caso. “Após a divulgação de novas informações nos últimos dias envolvendo Harvey Weinstein, os diretores da Companhia Weinstein - Robert Weinstein, Lance Maerov, Richard Koenigsberg e Tarak Ben Ammar - definiram e informaram Harvey que seu vínculo empregatício com a Companhia Weinstein foi encerrado imediatamente’. O advogado de Weinstein não comentou a decisão.
Semana passada, foram divulgadas informações de que Weinstein havia feito acordo com oito mulheres que ele havia assediado. Ele convidada mulheres para o seu quarto de hotel com uma proposta de trabalho, então as recebia sem roupas, pedia para que elas o massageassem e também assisti-lo enquanto tomava banho.
Atrizes
Entre as atrizes que Weinstein teria assediado, estão Ashley Judd e Rose McGowan. Um acordo de US$ 100 mil teria sido feito por causa de conduta imprópria do produtor com McGowan na época em que ela filmava o filme Pânico.
O comportamento inapropriado de Weinstein sobre mulheres com quem ele trabalhava e também as que estrelavam os seus filmes é conhecido como um caso de segredo aberto em Hollywood.
O presidente Donald Trump, que esteve envolvido em um escândalo durante sua campanha um ano atrás por se vangloriar de apalpar mulheres, afirmou não estar surpreso com as acusações contra o produtor. “Eu conheço Harvey Weinstein há muito tempo, não estou nada surpreso com essas acusações”, afirmou o presidente a repórteres na Casa Branca.
Dezenas de Democratas cortaram relações com o produtor após a divulgação das acusações e muitos doaram as últimas contribuições feitas por Weinstein para instituições de caridades que auxiliaram mulheres. Weinstein já contribuiu com mais de US$ 1,4 milhão desde 1992, direcionando todas as doações para os Democratas.
Weinstein expressou arrependimento pelo seu comportamento inapropriado contra mulheres, que já se estende por décadas, e afirmou que “assume os erros cometidos”. Mas seus advogados também negam muitas das acusações feitas contra ele.
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