A procuradoria federal da Alemanha confirmou que quatro pessoas foram presas suspeitas de conexão com o atentado que matou 12 pessoas e feriu outras 48 na última segunda feira, no Mercado de Natal, em Berlim. As informações foram publicadas pelo jornal Bild, De acordo com o periódico, os presos tinham contato com o tunisiano suspeito de ter dirigido o caminhão que atropelou a multidão.
O imigrante, identificado como Anis Amri, já era investigado por terrorismo, o que aumenta a pressão sobre as autoridades, que não conseguiram prevenir o ataque reivindicado pelo Estado Islâmico.
Nesta quarta-feira (21), a Alemanha ofereceu recompensa de 100 mil euros em troca de informações que levem à prisão do suspeito. O imigrante estava no radar da inteligência do país desde junho. Ele chegou à Alemanha no ano passado e teve o pedido de abrigo rejeitado. O governo estava tentando deporá-lo após descobrir que ele estava planejando um “ato grave de subversão violenta”, segundo um alto funcionário do governo.
O grupo extremista muçulmano Estado Islâmico divulgou que o autor de um atentado é um "soldado do califado". A informação foi divulgada pela agência do EI, "Amaq news", através do SITE intel Group, que monitora atividades de jihadistas online.
"O executor da operação... em Berlim é um soldado do Estado Islâmico e ele executou a operação em resposta aos apelos para alvejar cidadãos de países da coalizão", diz a agência.
Este é o terceiro ataque envolvendo um veículo que o Estado Islâmico reivindica este ano. Os outros foram em Nice, na França, quando mais de 80 pessoas foram atropeladas, e em Ohio, nos EUA, que deixou nove feridos em uma universidade. O grupo terrorista já divulgou um vídeo que ensina, passo a passo, como qualquer um pode promover um atentado sem usar armas de fogo.
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