O presidente dos EUA, Barack Obama, disse ontem que ficou surpreso com o resultado da eleições norte-americanas, vencidas por Donald Trump. Na Grécia, onde cumpre parte da agenda de sua última viagem à Europa antes de deixar o cargo, Obama afirmou que "o medo dos norte americano" ajudou a eleger Trump.
“A agenda do meu governo mirava enfrentar os medos e as ânsias dos cidadãos norte-americanos depois de uma longa crise. E essas ânsias alimentaram o fenômeno Donald Trump”, avaliou.
De acordo com ele, os sentimentos de “raiva, frustração e desigualdades econômicas” geram populismos. “A lição que levo é que precisamos enfrentar essas desigualdades e estes medos para que, no futuro, esses sentimentos não alimentem populismos”.
Obama apelou contra as divisões dentro e fora do seu país, argumentando que é necessário lutar contra tendências nacionalistas e de exclusão das minorias — citando, como exemplo negativo, o século XX, a que chamou de um "banho de sangue" por conta das divisões, sobretudo, na Europa.
“Nos EUA, sabemos o que acontece quando começamos a nos dividir. É perigoso, não apenas para as minorias, mas porque não percebemos nosso potencial como país e impedimos que negros, latinos, asiáticos, gays ou mulheres participem do projeto de construir um modelo de vida americano”. Obama declarou que o mundo precisa de uma Europa forte e unida para lidar com a crise global de refugiados que atinge duramente a Grécia.
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