Hernane, artilheiro do Bahia em 2016, está fora de combate por pelo menos mais dois meses. Antes da lesão, vinha sofrendo com as críticas da torcida. Edigar Junio, vice-artilheiro da equipe no ano passado, só fez dois gols em 2017 e desperdiçou as chances mais claras que o Tricolor teve nos Ba-Vis finais do Baianão.
Esses fatos só aumentam a necessidade, admitida pela diretoria do clube, de concentrar os esforços no mercado para reforçar o setor ofensivo às vésperas da estreia no Brasileirão, domingo, às 16h, contra o Atlético-PR, na Fonte Nova.
Para esta temporada, o Bahia contratou três atacantes de ofício: Gustavo, Diego Rosa e Maikon Leite. Todos são reservas e têm números que deixam a desejar (confira detalhes no quadro ao lado).
Por conta dos problemas físicos e de desempenho, o técnico Guto Ferreira tem escalado um trio de ataque ‘diferente’. O velocista Edigar Junio vem jogando centralizado, com os meias de origem Allione e Zé Rafael pelos lados. Juntos, os três somam sete tentos em 2017, número inferior ao do meia Régis, que, com nove, é o goleador da equipe na temporada.
Sem falar em nomes, o diretor de futebol Diego Cerri confirma que o clube tem procurado novos jogadores para a posição. “Atacante é uma das opções que a gente está buscando. Mais um ou dois para reforçar o nosso elenco. Uma coisa que nós achamos interessante é que a equipe tem trabalhado com mais mobilidade na frente, atletas que não ficam tão estáticos. Então, a gente quer opções para variar o jeito de jogar, com mais atacantes de mobilidade”, disse o dirigente, em entrevista ao site Globoesporte.com.
Nessa linha de atletas de boa movimentação, o Esquadrão está atrás do velocista Neilton. Revelado pelo Santos como uma espécie de sucessor de Neymar, não explodiu como se esperava e acabou vendido ao Cruzeiro. Por sua vez, a Raposa o emprestou ao Botafogo, clube pelo qual se saiu bem em 2015 (6 gols em 18 jogos, 16 como titular, na Série B) e 2016 (8 gols em 35 jogos, 29 como titular, na Série A).
Agora no São Paulo, o jovem de 23 anos não vem tendo muitas chances. “Neilton ficou com algumas dúvidas sobre o movimento na frente e na hora da recomposição”, explicou, em entrevista no mês de abril, o técnico Rogério Ceni, que usou o jogador em apenas oito embates (três como titular).
No entanto, essa situação virou. Com as lesões de Morato e Wellington Nem, Neilton voltou a ficar em evidência no Tricolor do Morumbi, está escalado para encarar, nesta quinta, o Defensa y Justicia, pela Sul-Americana, e ganhou elogios de Ceni: “Ele vem treinando muito melhor. Estamos tentando fazer alguns ajustes na parte tática”.
Segundo o empresário do atleta, Hamilton Bernard, o Bahia entrou em contato com o Cruzeiro, dono de seus direitos, para tentar um empréstimo. “Sei que o Bahia e o Vitória têm interesse. Ele está feliz no São Paulo, vai jogar amanhã, mas se chegar um projeto novo que agrade a ele e ao Cruzeiro, estamos abertos a negociar”, afirmou o agente.
Outros nomes especulados, o veterano Alecsandro acertou com o Coritiba e o turco Kazim, segundo apurou a reportagem, não interessa ao clube.
Reapresentação
Após dois dias de folga, o elenco tricolor voltou nesta quarta-feira, 10, às atividades no Fazendão, em dois períodos. Houve treino físico pela manhã e técnico à tarde. Armero, com um trauma no pé, e Régis, com incômodo muscular, fizeram tratamento.
Atacantes trazidos pelo clube em 2017
Gustavo - Típico jogador de área, o jovem de 23 anos disputou 17 partidas (8 como titular) e fez 5 gols, todos pelo Baiano em embates nos quais o técnico Guto Ferreira usou reservas
Diego Rosa - Velocista, o atleta começou bem, mas foi perdendo espaço. Fez 18 jogos (11 como titular) e anotou 5 tentos, 4 no Baiano e um na Copa do Brasil
Maikon Leite - Reforço cercado de expectativa, o baixinho chegou em fevereiro e ainda não rendeu. Disputou 6 duelos (um como titular) e não balançou as redes
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