Se tem uma dor de cabeça que o Vitória não precisa ter, às vésperas da decisão pela Copa do Brasil, na quinta-feira, 16, contra o Vasco, é a de desperdiçar pênaltis. Mas, pelo retrospecto do time – que das últimas oito cobranças converteu apenas duas – os jogadores ainda precisam treinar para calibrar os pés.
O problema começou no final do ano passado, quando o Leão brigava para se manter na Série A do Brasileirão. O início da síndrome começou quando Diego Renan, até então batedor oficial da equipe, perdeu a cobrança diante do Botafogo.
Depois, foi um festival de desperdícios (confira lista no quadro abaixo): Kieza, Zé Love e Cárdenas perderam as três penalidades seguintes. Só Marinho, contra o Santos, conseguiu driblar o problema.
Ao longo do Brasileirão do ano passado, o Vitória teve oito pênaltis marcados a seu favor. Converteu quatro, o que deixou o aproveitamento geral da equipe em 50%.
Mas, neste ano, a sina voltou renovada. E pior. Por enquanto, foram três pênaltis anotados – coincidentemente, nas duas últimas partidas, contra o Vasco, pela Copa do Brasil, e ante o Botafogo-PB, pela Copa do Nordeste. Desses, o Leão só conseguiu converter um, com Patric. André Lima e o próprio Patric perderam os dois seguintes.
Além do aproveitamento, que despencou para 33,3% ao levar em consideração os erros em 2017, o time exibe dado curioso: nas duas últimas vezes em que teve duas penalidades marcadas no mesmo jogo, não converteu nenhuma.
Pressão?
A situação pode se tornar um problema real para o Vitória caso jogo contra o Vasco vá para os pênaltis. É o que acontecerá se o placar de 1 a 1 no São Januário se repetir. Se empatar sem gols, o Vitória leva a vantagem por ter marcado na casa do adversário.
Quanto à pressão para melhorar a pontaria, Argel Fucks garante que os jogadores estão treinando. “Nós temos três cobradores oficiais, que são Gabriel Xavier, André Lima e Patric. E André bateu o pênalti porque a gente treinou aqui”, disse o técnico, após o jogo contra o Botafogo-PB, que ficou marcado pelas falhas de André Lima e Patric.
Mesmo assim, o treinador relativiza a síndrome e aponta que o estado emocional dos jogadores e a agilidade dos goleiros pesam para o sucesso nos pênaltis.
“O pênalti vai do lado emocional do jogo. Faz parte do futebol. Os jogadores são designados para bater porque treinaram. Mas vai muito do momento da partida. Hoje os goleiros estudam muito os batedores e, seguramente, o preparador de goleiros do Botafogo mostrou um vídeo dos nossos batedores. O que a gente pode fazer é continuar treinando”, justificou.
Paulinho à disposição
Um dia depois do triunfo sobre o Botafogo-PB, a novidade no treino ficou por conta do retorno de Paulinho, já recuperado de uma lesão no tornozelo. Segundo a assessoria de imprensa, o atleta será novamente avaliado pelo departamento médico e deve ser liberado para voltar a jogar.
O zagueiro Fred, que trata de um trauma no joelho, fez atividade à parte. Já Pisculichi realizou um treino físico em separado e Dátolo ficou no departamento médico.
Os últimos penais a favor do Leão
Nordestão - 2017
• Vitória 1x0 Botafogo-PB
2 perdidos (André Lima e Patric)
Copa do brasil - 2017
• Vasco 1x1 Vitória
1 convertido (Patric)
Brasileirão - 2016
• Vitória 2x3 Santos
1 convertido (Marinho)
• Vitória 0x1 Cruzeiro
1 perdido (Cárdenas)
• Vitória 0x1 Sport
2 perdidos (Zé Love e Kieza)
• Vitória 0x1 Botafogo
1 perdido (Diego Renan)
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