Um torcedor do Botafogo morreu e dois ficaram feridos neste domingo (12) em frente ao Engenhão, antes da partida do time contra o Flamengo, vencida pelo rubro-negro. Os três estavam próximos à ala norte quando foram atingidos por tiros vindos de um carro que passava pela rua. A informação é do Extra.
Diego Silva dos Santos, 28 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Jean Marques Ferreira Rocha, 22, e Pedro Henrique da Silva Rego, 20, foram atingidos no braço esquerdo.
Fora do estádio, o clima estava tenso. Torcedores se esconderam atrás de pilastras por conta dos tiros. O Botafogo chegou a se pronunciar afirmando ser contra a partida acontecer por conta de uma suposta falta de policiamento no entorno do estádio. A Polícia Militar afirmou que tinha efetivo para garantir a segurança da partida. Desde sexta, mulheres de PMs fazem protestos em frente a várias unidades da corporação, impedindo saindo de viaturas.
Foram registradas várias brigas entre torcedores, tentativas de invasão da arena e correria. A polícia respondeu com balas de borracha. Parte dos policiais do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) e de unidades do Comando de Operações Especiais (COE), que deveriam estar no Engenhão, não puderam se deslocar até lá por causa do bloqueio feito por mulheres, mães e viúvas de policiais, que impediram a entrada e saída das patrulhas. Com isso, foram convocados PMs de outros batalhões - inclusive policiais que já estavam trabalhando havia mais de 24 horas.
“Já estou na rua há mais de 26 horas. Não tem rendição. Minha família está na porta do batalhão. O governo não oferece uma proposta real”, disse um policial. “Estou exausto. Não posso deixar o serviço, não tenho alternativa”, afirmou outro. Segundo a PM, as manifestações não afetaram a segurança nas ruas, nas praias e nos blocos de carnaval.
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