Acabou a espera. Após 24 dias de pré-temporada, o Bahia vai encarar o primeiro teste pra valer de 2017. O Esquadrão estreia nesta quinta-feira (26) na Copa do Nordeste, às 21h30, contra o Fortaleza, no estádio Castelão. Depois de bater na trave em dois anos consecutivos, a diretoria tricolor traçou o título regional como principal meta do primeiro semestre.
Em 2015, o Bahia deixou a taça escapar na final contra o Ceará após derrotas por 1x0 e 2x1. Em 2016, estava invicto até ser eliminado pelo atual campeão Santa Cruz nas semifinais: empate por 2x2 e derrota por 1x0. Duas vezes campeão do regional, a última vez que o tricolor comemorou o título do torneio foi em 2002, em cima do principal rival, o Vitória.
Apesar do histórico, o técnico Guto Ferreira não quer que os jogadores se sintam pressionados na estreia da temporada. “Essa ansiedade tem que ser dos outros. Logicamente, todo mundo quer causar uma boa impressão, mas essa boa impressão não vai resolver o trabalho. O trabalho é sequência, é repetição. Existem equipes que começam bem e terminam mal, outras que começam mal e terminam bem. E tem equipes que conseguem começar bem e terminar bem, que é o ideal e que nós buscamos”, dá o recado o treinador.
Representante da Série A do Campeonato Brasileiro, o Bahia vai encarar um adversário de Série C. Apesar da má colocação no cenário nacional, o Fortaleza começou bem o ano e é o líder do Campeonato Cearense, após um empate e duas vitórias, uma delas no clássico contra o Ceará (1x0), no domingo.
“A gente vai enfrentar uma equipe competitiva. O fato de ganhar o clássico deixa eles com muita moral, mas o estágio que o Bahia está, principalmente no primeiro semestre, onde o Bahia é um dos grandes, sempre vai ter que jogar para fazer valer da sua condição de grande. É assim que a gente tem que pensar”, afirma Guto. “Agora, com a pressão na medida. Não acima da medida. É uma partida de início. É bom causar uma boa impressão, mas se, por ventura, não acontecer, existe um estágio para atingir essa condição de um jogo vistoso, em que a equipe tem que ser extremamente competitiva e mostrar mais”, pondera.
No Nordestão, o Bahia faz parte do Grupo B e na primeira fase do torneio vai enfrentar também Moto Club e Altos. Apenas o primeiro colocado de cada grupo e os três melhores segundos garantem vaga nas quartas de final. “Nós temos seis jogos para classificar. Vencendo lá, nos dá uma condição muito boa, sim, mas se não vencer também não é terra arrasada”, frisa Guto.
Apesar de não exigir tanto na primeira apresentação oficial, o técnico prevê o que esperar da equipe diante do Fortaleza. “Eu espero ver uma equipe compactada, que tenha um bom toque de bola e entrega. Acho que algumas individualidades não vão estar afloradas, principalmente pelo aspecto físico”.
O Bahia já entrou em campo duas vezes neste ano. Durante a Flórida Cup, torneio disputado nos EUA, o tricolor enfrentou o Wolfsburg, da Alemanha, e o Estudiantes, da Argentina. Empatou a primeira partida por 0x0 no tempo regulamentar e perdeu nos pênaltis. Contra os argentinos, foi derrotado por 1x0, gol contra de Tinga. Nas duas partidas, o time foi trocado por inteiro no intervalo. Contra o Fortaleza, o preparo físico dos jogadores titulares será colocado à prova.
“Existe sempre a dúvida de se vai ou não existir uma queda. Então, o segundo tempo passa por uma situação de ver como eles estarão. Nos EUA, nós estivemos na frente do gol, mas não finalizamos. Agora vai ter que finalizar”, avisa Guto Ferreira.