Maior medalhista olímpico brasileiro, o velejador Robert Scheidt inicia uma nova fase na carreira aos 43 anos. Neste sábado (14), ele estreia na classe 49er na disputa o Miami Mid Winters, nos Estados Unidos.
Após o quarto lugar nos Jogos do Rio de Janeiro, Scheidt decidiu encarar o desafio de velejar em um barco maior, mais veloz e com estratégias diferentes das classes Star e Laser, que o consagraram no iatismo – são cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro. O novo parceiro é Gabriel Borges.
Robert encara a disputa como preparação para a etapa de Miami da Copa do Mundo, de 22 a 29 de janeiro. "Vai ser um bom treino para a World Cup. Por ser a nossa primeira competição, não dá para esperar muito em termos de resultado. Mas vai ser uma grande adrenalina, juntar todo mundo na mesma raia, enfrentar a largada e tudo o que pode acontecer. Passar por essa somatória de eventos vai ser importante, uma ótima oportunidade de sentir como é uma competição nessa nova classe. Vamos sentir as dificuldades e tentar melhorar progressivamente", disse Scheidt.
A preocupação de Scheidt em Miami é a velocidade da regata. " Só torcemos para não ventar demais porque, nesse começo em uma nova classe, o vento forte dificulta muito, complica para dominar o barco", explicou.
O desafio na 49er abre a possibilidade de um novo ciclo olímpico até os Jogos de Tóquio-2020. "Sempre imaginei que a Rio/2016 fosse a minha última Olimpíada. Eu estava sem definição do que iria fazer quando Gabriel me ligou perguntando se eu gostaria de testar o 49er. E pensei: ‘Por que não tentar uma categoria nova?’ Ainda tenho lenha para queimar e essa é uma nova motivação. Vamos em frente e deixar as coisas acontecerem até decidirmos se essa empreitada pode se transformar em ciclo olímpico".
< Anterior | Próximo > |
---|