O uniforme usado na Paralimpíada Rio-2016 não vai mais fazer parte do guarda-roupa da medalhista paralímpica baiana Verônica Almeida. Por necessidade, a recordação da noite de abertura do evento ficará apenas na memória. A nadadora está rifando a vestimenta para arrecadar dinheiro para um tratamento médico que precisa realizar com urgência, na França.
“Pra mim a roupa tem um grande significado, mas é por isso mesmo que a gente está rifando. Minha vida é muito mais importante do que o próprio uniforme”, afirma Verônica, 41 anos, mãe dos gêmeos Marcelo e Bianca, de 11 anos.
Cadeirante, Verônica sofre da Síndrome de Ehlers-Danlos desde 2007. A doença é degenerativa, progressiva e não tem cura. Há 11 dias, ela teve uma piora e está na cama, sem movimento e sensibilidade.
“Os médicos aqui não compreendem muito da doença e pediram que eu voltasse com urgência pra Paris ainda este mês”, explica a atleta, que no ano passado entrou para o Livro dos Recordes como a mulher mais rápida do mundo a completar a travessia Salvador-Mar Grande no nado borboleta com um único braço. “Já faço esse tratamento fora do país há nove anos. São os medicamentos que me deixam bem. Só que isso tem um custo muito elevado”.
Verônica precisa arrecadar R$ 20 mil. Cada bilhete da rifa custa R$ 10 e o uniforme da abertura da Paralimpíada Rio-2016 será sorteado no dia 7 de dezembro, pela Loteria Federal. Quem quiser comprar a rifa deve entrar em contato com Daniela Sampaio através do telefone (71) 99625-2266. Para facilitar, Daniela vai ao encontro do contribuinte.
Quem quiser ajudar sem comprar a rifa, pode realizar transferência bancária para a Caixa Econômica Federal (Agência 1236, operação 013, conta poupança 119514-8), também em nome de Daniela Sampaio.
Verônica Almeida tem três Paralimpíadas no currículo. Antes de participar do Rio-2016, também esteve em Londres-2012 e comemorou o bronze em Pequim-2008. Entre outras medalhas, está o bronze no Mundial da Holanda, em 2010, além da prata e do bronze no Parapan-Americano de Toronto, em 2015. Por causa do agravamento da doença, a atleta interrompeu os treinos.
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