À medida que o principal objetivo se aproxima, a ansiedade só aumenta. “Vocês acham que Guto é gordinho assim por quê?”, brincou o técnico Guto Ferreira, quando questionado se também estava ansioso para o tão sonhado momento, o possível acesso tricolor à Série A de 2017.
De fato, falta pouco para o desfecho da Série B: apenas quatro rodadas. Os tricolores acreditam num final feliz e não poderia ser diferente, principalmente pelo fato do time ter voltado ao G4 na reta final da competição.
Nesta terça-feira (8), às 20h30, diante do lanterna Sampaio Corrêa, na Fonte Nova, tudo conspira para mais um triunfo do melhor mandante do campeonato, que venceu 13 dos 17 jogos que fez em Salvador e teve outros dois empates e duas derrotas. Mesmo tendo como adversário um dos piores times do campeonato, o comandante Guto Ferreira desmistificou a ideia de “jogo fácil”.
“Não importa o adversário, o momento. Todos os jogos só serão fáceis depois que a gente vencê-los e de maneira efetiva. Até lá, nós vamos respeitar cada adversário da mesma maneira, para que a gente possa fazer o nosso melhor”, decretou o treinador.
Neste momento, nada mais importa senão conquistar os pontos necessários para garantir o acesso. Ciente da atuação ruim diante do Vila Nova na última rodada apesar do triunfo, Guto avisa que o rendimento da equipe neste momento da competição está em segundo plano.
“Faltam quatro jogos, o mais importante são os triunfos. Então vamos trabalhar sempre muito, porque o desempenho é o que causa o resultado. Vamos trabalhar para sermos efetivos, competentes no desempenho. E, através desse desempenho, conquistar os triunfos. Se a gente não conseguir render o esperado, mas conseguir o triunfo, eu não vou ficar bravo por causa disso. Não vou ficar me martirizando por causa disso”, admitiu o treinador.
Na ponta do lápis
Enquanto dissertava sobre os assuntos aos quais era abordado na coletiva, Guto se mostrou um matemático e tanto, ou pelo menos um interessado pelos números e com a situação tricolor na tabela. As contas não foram tão simples de serem compreendidas, mas o treinador tentou explicar como vê a situação atual e a pontuação necessária para o acesso tanto do Bahia quanto dos adversários.
“Eu calculo jogo a jogo, mas penso que, com 66 pontos, obrigatoriamente, o Bahia subiria. Com 65, calculo que ainda exista possibilidade de algum tipo de coisa, porque... Talvez até não. Pois existem dois confrontos diretos. Se o Avaí vencer os dois confrontos contra Náutico e Londrina, essas duas equipes não podem chegar por estarem dois pontos atrás. Mas vamos supor que o Náutico vença todas as suas partidas, estando a dois pontos, por isso precisamos de mais um no final”, destacou.
Entre reflexões, contas e estudos, eis que surgiu uma explicação mais consistente do que é necessário para que o Bahia conquiste o acesso no dia 26 de novembro.
“Tem uma série de situações correndo ali, que agora é o campeonato da matemática. Hoje, na nossa cabeça, são três vitórias e um empate. É assim que a gente trabalha. Na próxima rodada, pode cair o empate e serem três vitórias. Vamos trabalhar para a isso (...) O campeonato tem 'n' situações de caráter motivacional, e a gente tem que trabalhar, seguir nessa batida. Se a gente fizer, nesses quatro últimos jogos, um repertório de resultados semelhantes aos últimos cinco, fatalmente estaremos na Série A”, decretou. Nos últimos cinco jogos, o Bahia conquistou quatro vitórias e um empate.
< Anterior | Próximo > |
---|