Em tempos ainda de dinheiro curto, qualquer forma de economia, para o consumidor, é sempre bem-vinda. Quando o assunto é a alimentação, então, nem se fala. Nesse momento, aquela pesquisa de preços pode ser um grande diferencial, fazendo com que, no final, o gasto seja até 20% menor. Mas, a pergunta que cabe é a seguinte: onde é mais barato realizar a compra, levando em conta os produtos da cesta básica. Nos mercados tradicionais ou nos chamados atacadões?
A Tribuna da Bahia percorreu alguns estabelecimentos pela cidade e constatou que, de fato, só mesmo “batendo perna” para gastar menos no final do mês. “Vai depender muito do perfil de consumo da pessoa. Se for para um pequeno comerciante, por exemplo, talvez mais vantajoso. Já para aqueles que fazem as compras de conveniência, a atenção deve ser com relação, entre outros, ao tempo de consumo e os custos com o deslocamento”, pontuou o economista Carlos Fraga, especialista em economia doméstica.
Em um mercado na região das Sete Portas, que trabalha com preços tanto no atacado, quanto no varejo, o preço do leite em pó, na primeira opção, custa R$ 4,29, desde que o usuário leve 10 unidades. No varejo, o preço fica na casa dos R$ 4,49. Diferenças também foram encontradas no preço da farinha (R$ 4,59 no varejo contra R$ 3,89 no atacado – levando 5 unidades), do arroz (R$ 2,55 contra R$ 2,45 – 5 unidades) e do café (R$ 4,98 contra R$ 4,89 – 5 unidades).
No mesmo local, o açúcar está custando R$ 2,85 (preço de varejo) contra R$ 2,79 (preço de atacado, desde que leve, no mínimo, 6 unidades). Já o óleo de cozinha que pode custar R$ 7,99 no varejo, custa, no valor de atacado, R$ 7,68 (levando pelo menos 5 unidades). Por último, o pote de 200 gramas de manteiga que custa a partir de R$ 5,69, está com valor, no atacado, de R$ 5,49 (4 unidades).
Para a dona de casa, Aline Almeida, só vale comprar itens em maior quantidade se o preço for realmente mais vantajoso. “Como somos em pequeno número em casa, acho que nem vale a pena. Só se for uma promoção, uma coisa imperdível”, contou.
Contudo, até mesmo essas promoções devem ser objeto de uma maior atenção por parte do consumidor, conforme explica Carlos Fraga. “O consumidor deve ficar atento ao prazo de validade, para acabar não perdendo aquilo que comprou. Às vezes é melhor passar por dois ou três mercados e fazer uma economia do que comprar tudo em um lugar só e gastar mais”, salientou.
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