A informação de que o governo quer privatizar a Eletrobras, uma das maiores empresas de energia elétrica da América Latina, foi recebida por especialistas do setor como uma boa saída para a estatal, que vem enfrentando graves problemas financeiros e acumula dívidas de R$ 43,5 bilhões.
Para o professor da UFRJ, Nivalde de Castro, a decisão de dar um novo rumo à Eletrobras já vinha sendo colocada em prática pelo atual presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr, com a venda da participação da empresa em vários projetos e das distribuidoras. Mas seria um processo mais longo. Segundo fontes, a modelagem para vender a participação da Eletrobrás em projetos de energia eólica e transmissão estava sendo feita pelo banco BTG Pactual e deveria ser concluída no fim deste mês. Agora, esse processo deve ser interrompido.
Na avaliação de Castro, o País hoje não tem mais a necessidade de ter uma estatal como a Eletrobras para ser instrumento de política energética. "Isso porque o modelo do setor está bem consolidado e a expansão pode ser feita apenas com a iniciativa privada."
Na avaliação dos especialistas, tirar o controle da empresa das mãos do governo fará muito bem para os negócios da estatal. Quem ficar no controle poderá vender os ativos sem o excesso de burocracia como ocorre hoje.
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