A taxa de desemprego de 13,2% no trimestre até fevereiro de 2017 é a mais alta já registrada na série histórica da pesquisa (Foto: Marina Silva/Correio)
A taxa de desemprego subiu para 13,2% no trimestre de dezembro do ano passado a fevereiro deste ano. Os dados são da pesquisa Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (31). Com o resultado, a população desocupada do país chegou a 13,5 milhões de trabalhadores, um novo recorde tanto da taxa quanto da população desocupada de toda a série histórica iniciada em 2012.
O dado demonstra um crescimento de 1,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de setembro a novembro de 2016, que obteve a taxa de 11,7% de desempregados, o equivalente a mais 1,4 milhão de pessoas desocupadas.
O resultado significa que há mais 3,3 milhões de desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um aumento de 30,6%. Já em comparação ao mesmo trimestre do ano passado - de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016 -, a taxa cresceu 2,9 pontos percentuais, que marcou um desemprego de 10,3%.
Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional. A pesquisa substituiu a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrangia apenas as seis principais regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produzia informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.
População ocupada
Ao mesmo tempo, o total de ocupados caiu 2,0% no período de um ano, o equivalente ao fechamento de 1,788 milhão de postos de trabalho. Os números da Pnad indicam, ainda, que a população ocupada, de 89,3 milhões, teve recuos tanto em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2016 (-1%), quanto em relação ao mesmo trimestre de 2016 (-2%).
O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,4% no trimestre até fevereiro, o mais baixo de toda a série histórica.
Carteira assinada
Segundo divulgou o "Estadão Conteúdo", o mercado de trabalho brasileiro perdeu 1,134 milhão de vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 3,3% no trimestre encerrado em fevereiro de 2017, ante o mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados da Pnad Contínua.
Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,5%, com 531 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu também 9,5% ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2016, com 359 mil pessoas a mais. O trabalho por conta própria encolheu 4,8% no período, com 1,129 milhão de pessoas a menos nessa condição.
Houve redução ainda de 161 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 2,6% de ocupados a menos nessa função. A condição de trabalhador familiar auxiliar também encolheu, -2,9%, com 66 mil ocupados a menos.
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