A estimativa de fevereiro para a safra baiana de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas), em 2017, totalizou pouco mais de 8,1 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 47,1% em relação a 2016, com 5,5 milhões de toneladas. As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE).
A área a ser colhida com grãos está estimada em 3,1 milhões de hectares e deverá aumentar 12,1% frente a 2016, que teve 2,8 milhões de hectares colhidos. O grupo de grãos engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Já a estimativa de produção, em comparação à janeiro, teve ligeira variação negativa de 0,3% (menos de 24,2 milhões de toneladas) e a área a ser colhida se manteve, ou seja, há uma perspectiva de leve variação negativa do rendimento, de 0,3%, puxada sobretudo pelo algodão, que teve sua estimativa de rendimento médio revista para menos 5,1% em relação ao previsto em janeiro.
Em 2017, a previsão é que a Bahia contribua com 3,6% da produção nacional de grãos, estimada em 224,2 milhões de toneladas, 21,8% maior que a de 2016 (184 milhões de toneladas). Mato Grosso deverá liderar a produção nacional de grãos neste ano, com uma participação de 24,3%, seguido pelo Paraná (18,7%) e Rio Grande do Sul (14,8%).
De janeiro para fevereiro, Bahia revê redução de 4,4% na produção de algodão
Segundo maior produtor de algodão herbáceo em caroço do país, a Bahia reduziu em 4,4% a previsão de safra desse produto para 2017: de 845,6 mil toneladas na estimativa de janeiro, para 808,8 em fevereiro. Em relação ao ano de 2016, quando a safra havia sido de 795,2 mil toneladas, está mantida uma previsão de aumento de 1,7%.
A redução em fevereiro se deu em decorrência da reavaliação do rendimento médio, que apresentou queda de 5,1% frente ao estimado no mês anterior.
Essa revisão na estimativa ajudou a puxar para baixo a previsão da produção brasileira de algodão para 2017, que foi reduzida em 2,0% frente ao estimado em janeiro, passando para 3,7 milhões de toneladas. A área a ser plantada foi reduzida em 0,8%, ficando em 956,3 mil hectares, enquanto o rendimento médio caiu 1,2%.
Além da Bahia, Goiás também teve sua previsão de produção de algodão reduzida em 26,0%. Mato Grosso, maior produtor de algodão do país, manteve as estimativas em fevereiro, de uma safra de 2,4 milhões de toneladas.
Na Bahia, o algodão é o terceiro produto em participação, representando 9,9% do total da safra de grãos estimada para o estado em 2017.
Recuperação de lavouras de café canephora na Bahia ajuda crescimento de safra nacional do produto
Após dois anos de baixa, a estimativa da produção nacional do café canephora (conillon), em 2017, é de crescimento de 15,3% frente ao ano anterior, chegando a 540,2 mil toneladas no país, com crescimento de 21,3% no rendimento médio.
A boa performance reflete a recuperação da produção das lavouras da Bahia e do Espírito Santo, que haviam sido afetadas pelas secas de 2015 e 2016. No estado baiano, a produção deve alcançar 82,4 mil toneladas em 2017, com um aumento de 79,7% frente ao ano anterior. Já no Espírito Santo, o crescimento deve ser de 11,6%, levando a uma safra de 339,4 mil toneladas.
A Bahia é o terceiro produtor de café canephora do país, com 15,3% da produção nacional, atrás do Espírito Santo (62,8%) e de Rondônia (16,1%).
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