O dólar fechou em alta pelo segundo dia consecutivo, aproximando-se de R$ 3,10 no mercado à vista. A cautela trazida pelo exterior, diante do feriado nos EUA na segunda-feira, 20, conduziu o avanço da divisa frente a moedas de economias emergentes, incluindo o real. Por aqui, terminou a sessão em alta de 0,44%, cotado a R$ 3,0959, não tão perto da máxima de R$ 3,1091 (+0,87%). A mínima ficou em R$ 3,0812 (-0,04%).
Em duas sessões, o avanço acumulado chega a 1,16%, limitando a perda da semana a 0,49%. De acordo com dados registrados na clearing da BM&FBovespa, o volume de negócios somou US$ 1,260 bilhão. O dólar futuro para março fechou em alta de 0,39%, aos R$ 3,1070, com máxima em R$ 3,1135 e mínima em R$ 3,0850.
O volume somou US$ 13,353 bilhões. Nesta sexta-feira, o Banco Central seguiu rolando swap cambial com vencimento em março, com oferta diária de 6.000 contratos. Após fechamento do pregão, a instituição anunciou, por meio de comunicado, que fará nesta segunda-feira (20 novo leilão de até 6.000 contratos de swap cambial tradicional (US$ 300 milhões).
A operação, cujo efeito é equivalente à venda de dólares no mercado futuro, ocorrerá das 11h30 às 11h40. Bovespa - O cenário internacional mais cauteloso conteve o otimismo na Bovespa, que nesta sexta-feira, 17, teve sua segunda baixa consecutiva. O Índice Bovespa fechou aos 67.748,41 pontos, num recuo de 0,10%. Na véspera, havia caído 0,24%. Ainda assim, a bolsa brasileira terminou a semana contabilizando ganhos de 2,46%.
O feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos na segunda-feira, 20, foi o principal fator de cautela nos negócios em Wall Street, uma vez que os negócios estarão fechados nas bolsas locais. No sábado, o presidente Donald Trump fará um discurso na Flórida e há forte expectativa em relação à sua fala. Hoje a agência Standard & Poor's afirmou que o governo Trump pode produzir surpresas nos mercados financeiros, “inclusive com possíveis consequências indesejadas”. “Houve queda nas bolsas norte-americanas e em praticamente todos os índices setoriais do exterior, como o financeiro, o de metais e o de energia. Era natural que o nosso mercado ficasse sem forças para subir, ainda mais em uma sexta-feira de poucas notícias”, disse Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora.
Com o petróleo operando majoritariamente em baixa, as ações da Petrobras ingressaram em movimento de realização de lucros. Com baixas de 1,47% (ON e de 1,58% (PN), os papéis da petrolífera exerceram importante influência sobre o comportamento do Ibovespa durante todo o dia. Já as ações da Vale voltaram a subir, após três pregões de correções. Ao final dos negócios, Vale ON e PNA tiveram ganhos de 0,89% e 1,26%, respectivamente.
Taxas de juros
Os juros futuros fecharam a sexta-feira, 17, em queda, com destaque para a ponta curta da curva a termo, em que as taxas caíram de forma expressiva. Segundo operadores, o mercado devolveu a alta da véspera, que, uma vez influenciada por fatores técnicos relacionados ao grande leilão de papéis prefixados do Tesouro, foi considerada fora do contexto econômico.
Hoje, a despeito da valorização do dólar, as taxas recuaram estimuladas ainda por dados de inflação bastante benignos, que aceleraram a montagem de posições para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem. Ao término da negociação regular, boa parte dos contratos estava nas mínimas.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2017, que melhor capta as apostas para a próxima decisão do Copom, fechou com taxa de 12,200% (mínima), de 12,225% no ajuste de ontem. A taxa do DI janeiro de 2018 também encerrou na mínima, a 10,565%, ante 10,635% no ajuste anterior. A taxa do DI janeiro de 2019 caiu de 10,16% para 10,07%. O DI janeiro de 2021 encerrou a 10,27% (mínima), de 10,34%. Pela manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que a inflação medida pela segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) em fevereiro desacelerou para 0,02%, de 0,76% de janeiro. Ainda, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou que o IPC atingiu 0,02% na segunda quadrissemana do mês, após 0,18% na primeira.
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