Apesar do desempenho econômico fraco na indústria este ano, tanto a baiana quanto a brasileira, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) projeta que em 2017 a economia baiana deverá crescer 1,6%, enquanto a nacional deve se ampliar em volume menor, de 1%. O balanço do segmento e as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem foram apresentados ontem à imprensa pelo presidente da Fieb, Ricardo Alban.
“Assim como no caso da energia eólica, a médio prazo, a Bahia deve ser protagonista no desenvolvimento da cadeia de energia solar. Além disso, tivemos em 2016 uma combinação de fatores que impactaram no nosso desempenho, como a parada estratégica da Braskem e o fim do terceiro turno da Ford, que irá ser retomado no próximo ano”, explica.
A parada não programada na Refinaria Landulfo Alves e o período de seca, que impactou o agronegócio, comprometeram o desempenho da economia do estado. Como consequência disso, o PIB baiano deve terminar 2016 com um recuo de pelo menos 3,5%, que deve ser maior que queda projetada para o Brasil. Segundo Alban, a atividade industrial na Bahia deve encolher entre 4,5% e 5% este ano. O segmento registrou perda de 16,4 mil empregos até o mês de setembro, dos quais 85,1% foram postos de trabalho na construção civil.
No curto prazo, a indústria baiana deverá aproveitar a capacidade ociosa e o câmbio favorável, que traz certo conforto em relação à competitividade e à manutenção da inflação. “O trabalho será contínuo no adensamento das cadeias industriais existentes. No caso da indústria Petroquímica, um exemplo disso é o novo terminal da Braskem que vai tornar a empresa e sua produção mais competitiva”, projeta.
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