Rui Costa permanecerá em Ilhéus por tempo indeterminado (Foto: Reprodução)
Governo concentra esforços na recuperação da infraestrutura das cidades atingidas
Com as enchentes causadas pelas fortes chuvas que atingiram a Bahia em dezembro cada vez menores, o governo estadual já começa a concentrar os seus esforços na recuperação da infraestrutura das cidades atingidas e na retomada da vida das pessoas, que perderam tudo. Milhares estão desabrigados ou desalojados e contam com perdas materiais inestimáveis.
Na manhã desta terça-feira, 28, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), detalhou as ações do governo estadual para recuperar os municípios baianos fortemente atingido pelas enchentes.
"Nós contamos com a persistência do povo baiano em superar adversidades e vamos ajudar a reconstruir a vida das pessoas. Vamos reconstruir essas casas, apoiar o comércio com empréstimo até R$ 150 mil sem juros e buscar fazer as parcerias com as prefeituras para recuperar a infraestrutura como pontes e estradas. No primeiro momento de maneira provisória para recuperar o acesso as cidades e logo depois de maneira definitiva. Isso deve levar alguns meses", disse Rui em entrevista à rádio Salvador FM.
A Bahia registrou 37 trechos de rodovias estaduais afetadas pelas fortes chuvas deste mês de dezembro. Os dados foram divulgados na tarde desta segunda-feira, 27, após ações de monitoramento da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). De acordo com o governo do estado, mais de seis novas ocorrências foram registradas nas regiões do Baixo Sul, na BA-542; do Vale do Jiquiriça, na BA-545; no Litoral Sul, no acesso à Floresta Azul e na BA-001; no oeste, na BA-172; e no Centro-Sul, na BA-634.
O governador também garantiu que o governo dará um auxílio financeiro para as pessoas que perderam seus bens e precisam retomar a sua vida. Para isso, pediu ajuda das prefeituras, com o objetivo de cadastrar as pessoas na situação de necessidade. "Muitos perderam tudo, estão só com a roupa do corpo e precisam desse apoio para retomada".
"O que chama a atenção desse desastre é a sua extensão e prolongamento. Isso não começou no Natal, começou há duas semanas, quando já tivemos famílias com enormes prejuízos. Nós temos quase 80 cidades com decreto de calamidade e pelo menos 50 tiveram casas embaixo de água. Agora que a chuva diminui, a gente consegue ver o enorme impacto na vida das pessoas que precisarão retomar a sua vida toda e vamos ajudá-las com isso", pontuou.
Rui Costa ainda comparou o cenário de destruição causado pelas chuvas a destruição de guerra. Pontes, estradas, ruas foram destruídas, crateras foram abertas, barragens foram rompidas.
"A sensação é como se tivesse sido vítima de um grande bombardeio, guerra. O dano à infraestrutura é enorme. Para uma avaliação definitiva de custos, precisamos analisar. Mas com certeza o investimento será alto. Estamos trabalhando para o acesso provisório, mas ainda não temos uma definição de estradas, pontes e ruas que precisam ser recuperadas", explicou.
O governador ainda repetiu que as enchentes recentes são o pior desastre do estado. "É o maior desastre natural da história da Bahia porque vai do Extremo-Sul passando pelo Sul, chegando ao Vale do Jiquiriçá, médio Sudoeste. Uma extensão enorme em um fenômeno meteorológico raro que infelizmente se concentrou na Bahia", falou.
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