Caminhões são impedidos de entrar e de saír de centro de operações dos Correios (Foto: Divulgação/Sincotelba)
A greve dos Correios completa 11 dias neste domingo (11) e segue sem previsão de acordo. Os funcionários dos Correios na Bahia decidiram manter a greve no estado, após assembleia realizada na sexta-feira (05), em Salvador. Com a decisão, o protesto em frente ao Centro de Cartas e Encomendas (CCE) dos Correios, localizado na BA-535, conhecida como Via Parafuso, em Camaçari, continua. Um grupo de manifestantes bloqueia a entrada e a saída de veículos no local, desde a madrugada de quinta-feira (04).
O CCE é um complexo operacional que faz a triagem de cartas e encomendas que chegam à Bahia, antes de saírem para a distribuição. De acordo com Cedro Silva, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Bahia, com o ato, a distribuição de cartas e encomendas fica comprometida.
Segundo a assessoria de comunicação dos Correios, o acesso aos empregados está normalizado e ficando interrompida apenas a entrada e saída de veículos. A empresa disse que entrou com uma ação na Justiça pedindo a liberação do local e aguarda uma decisão.
Os Correios também informaram que serão tomadas medidas contingenciais para minimizar o impacto, inclusive com o apoio dos empregados da área administrativa, que trabalharão no final de semana.
Entre as reivindicações dos grevistas, os representantes dos trabalhadores pedem a retirada da mediação do TST sobre os planos de saúde, revogação da suspensão das férias, debate sobre a situação econômica da empresa, revogação da entrega alternada e otimização de atividade interna, suspensão das ameaças de demissão motivada e privatização, suspensão do fechamento das 250 agências e a criação de comissão com a participação dos trabalhadores para tratar sobre o tema.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos da Bahia (Sincotelba), a proposta apresentada sexta foi rejeitada porque "não corresponde aos anseios dos trabalhadores". Eles alegam que muitos pontos, como a questão do plano de saúde e do fechamento das 250 agências em todo o país sequer chegaram a ser discutidos. Uma nova assembleia foi marcada para as 16h de segunda-feira (08).
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