Bahia

O Sindicato dos Rodoviários da Bahia confirmou que deve aderir à greve geral paralisando suas atividades durante 24 horas nesta sexta-feira (28)

Os professores vão parar, a indústria vai parar, a polícia civil vai parar, funcionários públicos vão parar, bancários vão parar, os rodoviários vão parar... A Greve Geral marcada para esta sexta-feira (28), promete paralisar tudo em protesto contra as reformas trabalhistas e da Previdência propostas pelo governo do presidente Michel Temer. Os movimentos sociais e centrais sindicais convocaram uma greve geral para esta sexta-feira e já conta com ampla adesão de várias categorias ao longo de todo o país. Na Bahia, entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, além da CTB, UGT, NCST, CSB e CSP Conlutas prometem cruzar os braços.

Na capital baiana, as manifestações começam por volta das 6h, em frente ao Shopping da Bahia, a segunda será às 15h, na praça Campo Grande e a terceira será às 18h, no largo Rio Vermelho. Em Camaçari estão previstos atos de protesto nas frentes das fábricas e nas vias de ligação do município.

Com participação confirmada desde o início da mobilização, sindicatos como os dos professores, metalúrgicos e petroquímicos, além das ações de sexta-feira também estão realizando ao longo do mês atos e encontros para fortalecimento do movimento. Por abrigar o Polo Petroquímico, Camaçari tradicionalmente é uma das cidades mais ativas e diretamente afetadas com as mobilizações e paralisações.

Dentre as categorias que já confirmaram paralisação e participação nos protestos na Bahia, estão:

Médicos -

Em assembleia realizada na noite de segunda-feira (24), o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) informou que os profissionais da área decidiram pela adesão à greve geral. A categoria decidiu que o Congresso Nacional não tem legitimidade para reformar a legislação. O Sindimed ressaltou que na opinião geral da assembleia, a discussão sobre reformas deve ser travada durante os debates que precedem a próxima eleição presidencial, entre os futuros candidatos.

Rodoviários –

O Sindicato dos Rodoviários da Bahia confirmou que deve aderir à greve geral paralisando suas atividades durante 24 horas nesta sexta-feira (28). "Os rodoviários decidiram que vão participar da greve porque não concordam com as reformas da previdência, com a reforma trabalhista e nem com a lei das terceirizações", declarou o presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Hélio Ferreira. O presidente do sindicato ressaltou que a paralisação vai incluir os trabalhadores do transporte complementar e os rodoviários do interior do estado.

Bancários –

Os bancários vão aderir à greve geral, com paralisação nas agências. A decisão foi tomada em assembleia, ocorrida no dia 17 de abril.  Segundo o sindicato, o momento exige coragem e unidade para alterar a correlação de forças para mudar o jogo. Além da assembleia, a entidade tem dado continuidade às manifestações nas agências para conscientizar a categoria e a população.

Polícia Civil -

Os servidores da Polícia Civil da Bahia, também aprovaram durante assembleia, a participação nas manifestações da Greve Geral. De acordo com o Sindpoc (Sindicato dos Policiais Civis), as reclamações da categoria incluem ainda a possível retirada da Aposentadoria Especial dos policiais e a proibição pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de realizar greves e paralisações, aprovada nesta semana. A polícia informou que vai distribuir faixas nas delegacias de todo o Estado, mobilizar todas as unidades e estar presente nos atos políticos de Salvador e região.

Tribunal Regional do Trabalho da Bahia, Advogados e Magistrados -

O Órgão Especial do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) decidiu suspender o expediente na sexta-feira. O Sindicato dos Servidores da Justiça Federal (Sindjufe-BA), realizou na manhã de hoje (26), um ato envolvendo a Associação dos Magistrados Trabalhistas (Amatra e Anamatra), as associações de Advogados Trabalhistas (Abrat e Abat), e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em busca de articulação para o ato. As entidades entenderam a necessidade de mobilização e ratificaram apoio ao ofício do sindicato expedido aos órgãos comunicando a Greve Geral.

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