Três macacos foram encontrados mortos e mais um mico da espécie tufo branco foi resgatado com vida em Salvador, por agentes do Grupamento Especial de Proteção Ambiental da Guarda Civil Municipal (Gepa). Os animais foram encontrados na quinta-feira (6). O mico, que, segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, estava “em condições precárias de saúde”, foi localizado na Lapinha.
Já os animais mortos foram recolhidos no Jardim Apipema, em Brotas e na Avenida San Martin. Desde o dia 6 de março, quando houve o primeiro resgate de animais com indícios de febre amarela, mais de 30 macacos já foram apreendidos vivos e 80 corpos recuperados em cerca de dez áreas da capital baiana. Alguns símios, inclusive, apresentavam sinais de doença neurológica, como desorientação, desequilíbrio e convulsão.
Em virtude da suspeita de infecção por febre amarela, todos os macacos têm sido enviados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, que fica na Estrada das Barreiras. "O Cetas de Salvador recebe os animais vivos, encontrados sadios ou com algum problema de saúde. Após avaliação inicial, é feita a coleta de material biológico dos espécimes para encaminhamento à Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Divep/Sesab)", explica Fernanda Libório, analista ambiental do Ibama.
Os macacos não são os responsáveis pela transmissão do vírus da febre amarela, mas mosquitos como o Aedes aegypti. Entretanto, quem encontrar algum animal morto ou com problemas de saúde, deve entrar em contato com o Ibama ou a com Guarda Civil Municipal. Até o momento, apenas seis animais tiveram resultado positivo para febre amarela em Salvador.
Imunização
Para intensificar o acesso da população de Salvador à vacina contra a febre amarela, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ampliou o número de postos de vacinação para este sábado (8). Quem ainda não se imunizou poderá procurar um dos 65 postos disponibilizados pela prefeitura, dentro da estratégia de combate à doença. No entanto, só serão imunizadas as pessoas que vão tomar a dose pela primeira vez, seguindo recomendação do Ministério da Saúde divulgada na quarta-feira (5). Sendo assim, os cidadãos que já foram imunizados contra a doença, independentemente do tempo, não precisarão do reforço.
De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a aplicação de dose única em 2014, o Ministério da Saúde avaliou que os estudos ainda não eram suficientes para que fosse adotada a decisão da entidade naquele momento. No entanto, segundo o órgão federal, hoje já existem evidências científicas de que uma dose da vacina da febre amarela é suficiente ao longo da vida.
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