Depois de ficar conhecido por meio de um vídeo em que faz um teste incomum nas redes de proteção instaladas em um apartamento, em Salvador, o empresário e instalador da empresa Rede Salvar, Luís Paulo Mendes da Silva, 30 anos, foi acionado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), e precisou assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que se compromete a abolir a prática de se jogar na tela para demonstrar a eficiência do produto.
"Jamais arriscaria minha vida se eu não confiasse na qualidade do meu trabalho. Já estou nessa área desde os meus 15 anos de idade e, desde os 20, faço esse tipo de demonstração. As telas são feitas por mim, por isso eu me jogava sem medo", disse Luis ao ser questionado sobre o risco que corria ao fazer a demonstração.
Luis foi proibido de realizar a prática ou ordenar que outro instalador faça o mesmo, porque o teste é considerado arriscado. Caso ele descumpra o acordo, terá que pagar multa de R$ 10 mil. A decisão é da procuradora regional do trabalho Maria Lúcia de Sá Vieira, que descartou a aplicação de dano moral, já que o instalador e testador são a mesma pessoa e dono da empresa.
“Trata-se de uma empresa individual e de pequeno porte em que o dono é o instalador. Não era viável impor a ele uma indenização por dano moral. Mas acredito que esse caso pode servir de referência para outras empresas que instalam redes de proteção para que essa prática de fazer o teste de qualidade arriscando a própria vida seja efetivamente banida”, disse a procuradora, por meio de nota divulgada pelo MPT."
Luís diz, que mesmo com a decisão da Justiça, a procura pelo produto continua. "Depois que fui proibido pela justiça de me jogar nas telas, surgiram mais clientes procurando pelo meu produto e, esse foi o único lado bom dessa decisão.", finalizou.
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