Fortes trovoadas, rajadas de vento e descargas elétricas marcaram a chegada de uma frente fria, nesta quinta-feira, 30, à capital baiana. A previsão da meteorologia é que chova até o próximo domingo, 2.
Segundo Cláudia Valéria, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o período de chuva deverá diminuir de intensidade na próxima semana.
Mas ela alerta que a população deve se acostumar com os períodos de chuva, a partir de agora, que serão mais constantes por conta do outono.
“Temos que nos acostumar com os dias tipicamente nublados e chuvosos, que são característicos da estação. É quando ficaremos a maior parte do tempo com períodos de chuva e nebulosidade”, prevê.
Para quem ficou assustado com as trovoadas, a meteorologista tranquiliza: “Normalmente, há uma intensidade no primeiro dia, por conta da mudança climática. Pode ser que, nos próximos dias, os trovões sejam menos intensos”.
Conforme informações do Inmet, o vento deve chegar a uma velocidade de 16 km/h na capital, nesta sexta, 31, e a temperatura na cidade deve ficar entre 24° e 28°, com possibilidade de 80% de chuva.
O 2º Distrito Naval, até esta quinta, não tinha emitido alerta de mau tempo – identificado quando as ondas atingem dois metros de altura – tanto em alto-mar quanto na praia.
As condições marítimas são consideradas normais, mesmo com a chegada da frente fria.
Dia difícil
Durante a manhã deesta quinta, vários bairros da cidade ficaram alagados, a exemplo, de Brotas, Ondina, Imbuí e Parque Bela Vista.
Na avenida Paralela, entre as estações do metrô do Imbuí e do Centro Administrativo da Bahia, a pista foi tomada pela lama que desceu por um dos acessos de equipamentos da obra.
Nos Barris, o abrigo de idosos Maria Magalhães também foi afetado por alagamento, chegando a, aproximadamente, um metro de altura em alguns cômodos.
No Trobogy, um muro que fazia parte de uma obra caiu sobre uma casa, na rua Mocambo, mas não houve registro de feridos.
Por meio da assessoria de comunicação, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) informou que, até as 18h desta quinta, o órgão tinha recebido 202 solicitações de emergência.
Foram registrados quatro alagamentos de área, 72 alagamentos de imóveis, 29 ameaças de desabamento de imóveis, quatro ameaças de desabamento de muros, 47 ameaças de deslizamento de terra e uma de queda de árvore. Além de uma árvore caída, foram feitas três avaliações de imóvel alagado, um imóvel e dois de muros desabaram e houve quatro desabamentos parciais, 26 deslizamentos de terra, um galho de árvore caído, seis infiltrações e uma orientação técnica.
Os bairros com mais chamados foram São Marcos (21), Alto da Terezinha (11) e Sussuarana (11).
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