Depois que o hacker Walter Delgatti Neto passou pela cadeira de oitivas da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Golpe, há uma semana, como um veículo caça-minas em pleno campo de batalha e entregou os nomes dos generais Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e Freire Gomes, ex-comandante-geral do Exército, a caserna se assanhou em Brasília. Nogueira e Freire Gomes são os dois oficiais de mais alta patente investigados pelo Supremo Tribunal Federal, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pela CPMI como “co-conspiradores” contra a Democracia brasileira entre 2022 e 2023. Os dois terão de depor à PF e ao MP, a pedido do ministro do STF Alexandre de Moraes. O atual comandante-geral do Exército, general Tomás Paiva, e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, não querem vê-los submetidos ao crivo muitas vezes implacável e de mira bem calibrada dos parlamentares governistas na CPMI, expostos ao público em transmissões de TV ao vivo.