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Educação

Greve em universidades federais começam nesta segunda (Foto: André Filgueira/Divulgação UFPR)Greve em universidades federais começam nesta segunda (Foto: André Filgueira/Divulgação UFPR)

A partir desta segunda-feira (15), docentes de universidades, centros tecnológicos e institutos federais de todas as regiões do Brasil vão dar início a uma greve que reivindica o aumento salarial de 22%. A divisão é em três parcelas iguais de 7,06% - a primeira ainda para este ano, e as demais para 2025 e 2026. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) declara que também é necessário um aumento nos investimentos públicos nas instituições federais de ensino, em decorrência do sufocamento provocado pelo governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com o presidente do sindicato e professor de Direto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Gustavo Seferian, "é preciso de uma reorganização da carreira dos professores e de se ter um grande revogaço de medidas restritivas de direitos, de caráter regressivo, que foram implementados nos últimos anos, de natureza previdenciária, que tiraram direitos e afetam diretamente a aposentadoria, medidas que inibem o exercício do direito de greve, entre outras tantas".

Quantas e quais universidades vão entrar em greve

Pelo menos três instituições associadas já interromperam suas atividades, conforme informações da Andes-SN. Na segunda (15), outras 17 iniciarão a greve. Cinco declararam indicativos de greve (com possibilidade de paralisação) e oito estão em estado de alerta para greve (indicando que podem aderir à greve).

Veja abaixo a lista com as referidas instituições, organizada pela Fórum:

GREVE NA SEGUNDA (15)

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG);
Instituto Federal do Piauí (IFPI);
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);
Universidade Federal de Brasília (UnB);
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF);
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Universidade Federal de Pelotas (UFPel);
Universidade Federal de Viçosa (UFV);
Universidade Federal do Cariri (UFCA);
Universidade Federal do Ceará (UFC);
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES);
Universidade Federal do Maranhão (UFMA);
Universidade Federal do Pará (UFPA);
Universidade Federal do Paraná (UFPR);
Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB);
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa);
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

INDICATIVO DE GREVE APÓS SEGUNDA (15)

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ);
Instituto federal do Rio Grande do Sul (IFRS) - campi Alvorada, Canoas, Osório, Porto Alegre, Restinga, Rolante e Viamão;
Universidade Federal de Sergipe (UFS);
Universidade Federal de Uberlândia (UFU);
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

CONSTRUÇÃO DE GREVE APROVADA SEM DATA DE DEFLAGRAÇÃO

Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI);
Universidade Federal da Paraíba (UFPB);
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE);
Universidade Federal do Piauí (UFPI);
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB);
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE);
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

JÁ EM GREVE

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD);
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ);
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO);
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM);
Universidade Federal do Pampa (Unipampa);
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA);
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Em comunicado, o Ministério da Educação (MEC) declarou que suas equipes têm participado ativamente da mesa nacional de negociação, das mesas específicas para técnicos e docentes estabelecidas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), e da mesa setorial que discute condições de trabalho.

"O MEC vem enviando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias. No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores", informa em nota.

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